O brasileiro se acostumou a ouvir e, infelizmente, a repetir que “político é tudo igual”, que “todo político é ladrão”... e outras coisas do tipo, a cada nova eleição. Muitos não acreditam ser possível mudar a história deste país com um gesto simples, que é teclar números numa urna eletrônica. E o fazem sem compromisso, sem convicção, apenas pela obrigação legal de comparecer às urnas - já que o voto no Brasil ainda é obrigatório. E pagam caro por isso!

Outros, temendo pela própria segurança, admitem deixar de votar no próximo domingo (2/10), o que seria uma lástima! Este ano, à descrença nos políticos somou-se o medo. Os casos de violência [inclusive de homicídios], praticados por quem diverge da opinião do outro, esvaziaram o debate. Raro ver um eleitor assumindo sua escolha, um retrocesso para a democracia, que vem sendo construída no país com suor e sangue, desde a independência, há dois séculos.

O Estado democrático de direito estabelece que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. Está escrito no artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”. A soberania popular, o poder, portanto, está na mão do povo, nas nossas mãos: O VOTO é o maior e mais eficiente instrumento de mudança social e política que se tem numa democracia.

O voto é um dos raros momentos em que todos se igualam, sem distinção de raça, cor, sexo, condição financeira, classe ou grupo social. A sabedoria popular ensina que “no banheiro, na hora da morte e do voto, todo mundo é igual”.

É essencial conhecer a própria realidade, saber como funciona os poderes, entender o processo eleitoral brasileiro - que vem mudando a cada nova eleição -, perceber o que é legítimo e o que atenta contra os direitos individuais e coletivos; que ofende à moralidade, que descumpre a lei, são fundamentais para a conscientização do cidadão.

Vale também ler um pouco sobre a história, inclusive dos partidos políticos e dos candidatos... e passar longe de quem compra voto, oferece vantagem em troca de apoio. A corrupção dos políticos, da qual todos reclamam, é fruto dessa barganha.

O preço pago pelo eleitor que vende o voto é alto demais. E esse preço é cobrado com juros e correção monetária - e muitos desmandos, principalmente de desvios de dinheiro público - ao longo do mandato do "bandido" de colarinho branco que você ajudou a eleger ao vender o voto [os escândalos financeiros, as prisões abarrotadas de corruptos, estão aí para provar essa realidade].

Portanto, no próximo domingo - dia 2 de outubro – eu, você... eleitor, eleitora consciente, com todo o poder nas mãos, vamos votar e escolher quem vai representar no parlamento e no Executivo estadual. O voto será nesta ordem: deputado federal (quatro dígitos), deputado estadual (cinco dígitos), senador (três dígitos), governador (dois dígitos) e presidente (dois dígitos). Daí toda a importância de votar consciente, de escolher com responsabilidade quem vai nos representar no Executivo e no Legislativo.

No próximo domingo, todos vamos ter a oportunidade de escolha: de mudar o Brasil ou deixar como está, se acha que o país “vai muito bem, obrigado!”.

Ninguém pode mais que você na hora do voto. É você que decide!