A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI), professora Paulina Almeida, afirmou que “em mais uma tentativa desesperada do governador Wellington Dias de enfraquecer o movimento grevista dos trabalhadores da educação, ele ameaça cortar o ponto dos trabalhadores que estão fazendo movimento grevista”.

No site do Sinte, a presidente denunciou que o governo vai descumprir mais uma lei, se cumprir a ameaça de cortar o ponto dos trabalhadores, “pois os trabalhadores não tem mais a obrigatoriedade repor os Dias parados, e o  Estado não cumpre a Lei dos 200 dias letivos , que é previsto em lei. Os trabalhadores em educação sempre honraram o cumprimento da reposição das aulas do período de greve e os trabalhadores não se intimidaram com as ameaças de corte de ponto", reagiu Paulina Almeida.

Ameaça

O governador do Piauí, Wellington Dias, ameaçou, ontem (20), descontar os dias parados de todos os servidores em greve na Secretaria de Estado da Educação.  “Eu agradeço aos que estão trabalhando e a orientação é, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, cortar o ponto”, ameaçou, durante solenidade no Palácio de Karnak.

“Perdemos 70 mil alunos em greves anteriores. Chega de problemas de perder alunos, chega de prejuízo a estudantes. Estamos fazendo esforços com dinheiro do povo e quero resultados, que é aula e educação de qualidade”, reclamou o governador. “Estamos pagando o reajuste, implementando 4,17% na folha de pagamento que vai repercutir sim para aposentados e pensionistas”, explicou.

Segundo Wellington Dias, o Estado já paga mais que o piso. “O Estado já paga R$ 2.886. Há ainda a ideia de um concurso e ao anunciar o concurso, o salário inicial será de R$ 3.750, para ter uma noção. Se a greve é pelo piso, estamos pagando mais”, acrescentou.