É grande a reclamação de aposentados e pensionistas do Estado contra o desconto de 14% para a previdência estadual, sobretudo agora quando as famílias estão obrigadas a permenecer em casa, sem poder complementar a renda, já que o salário mau cobre as despesas com alimentação, medicamentos, transporte e outros gastos necessários para manutenção da família.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Pensionistas da Secretaria de Administração e Previdência - e de outros órgãos do Estado do Piauí -, Antonio Sobral da Costa, lamenta que o governador Wellington Dias (PT) seja tão insensível ao ponto de ignorar o requerimento aprovado há mais de dois meses pela maioria dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa solicitando a suspensão, por 90 dias, do desconto para a previdência.

Os valores vem sendo descontados nos contracheques dos servidores aposentados e pensionistas estaduais. A pedido de suspensão foi encaminhado ao governador Wellington Dias, mas até hoje não houve resposta.

O pedido de suspensão dos descontos foi proposta pelos deputados Gustavo Neiva (PSB), líder da oposição na Assembleia Legislativa; Teresa Britto (PV) e Marden Menezes (PSDB) e aprovada pelo Plenário virtual, inclusive com apoio de deputados governistas, que entenderam como grave a situação dos inativos, que já ganham pouco e ainda têm que contribuir com a previdência.

O Sinspesa-PI - que representa os servidores públicos administrativos ativos, inativos e pensionistas da Secretarias de Estado da Administração e Previdência, Trabalho e Empreendedsorismo, Meio Ambiente, Agricultura e Transportes, Coordenadoria de Comunicação e Fundação de Desenvolvimento do Esporte do Piauí - vai ouvir a assessoria jurídica para deliberar sobre os encaminhamentos a serem adotados para suspender esse desconto, pelo menos enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.

"Vamos pedir à nossa assessoria que estude uma medida jurídica que possam suspender esse dewconto neste momento, quando muitos servidores inativos sofrem com um desconto, que consideramos desumano. Esses servidores trabalharam a vida toda para o Estado e agora, quando se aposentam, são obrigados a contoinuar pagando para a previdência", reclamou Sobral.