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COE alerta para gravidade da situação da Covid-19 no Piauí

COE alerta para gravidade da situação da Covid-19 no Piauí

Pelo menos 40 pacientes graves estão na aguardando por um leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) ou de enfermaria para internação, a maioria por complicações decorrentes da Covid-19. A espera já chega a 48 horas em Teresina. A situação também se agrava no interior do estado.

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Pelo menos 40 pacientes graves estão na aguardando por um leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) ou de enfermaria para internação, a maioria por complicações decorrentes da Covid-19. A espera já chega a 48 horas, segundo revela  Luciene Formiga, gerente do Complexo Regulador do Estado. A espera pode significar viver ou morrer para esses pacientes. 

É essa regulação que monitora a disponibilidade de leitos na rede pública [municipal e estadual] e privada para atendimento de pacientes graves e uma junta formada por três médicos plantonistas, a partir de critérios clínicos, decide qual paciente vai ocupar a primeira vaga que for disponibilizada. Ou seja, os médicos já estão tendo que decidir quem vai viver... ou não.  

"Já tivemos pico de 60 pacientes à espera de leito em maio e julho do ano passado. Novamente, esse número voltou a crescer e já estamos na média de 40, situação que vem desde a segunda quinzena de fevereiro. O tempo de espera tem sido de 24 a 48 horas. Para um paciente grave isso é muita coisa", adverte Formiga.

"Temos três médicos que, presencialmente, fazem isso 24 horas e fazem essa escolha baseado em critérios clínicos de cada paciente, o suporte respiratório que o paciente está recebendo, o recurso assistencial que ele precisa. É um ato médico! os médicos que decidem quem vai pra vaga que abrir, de acordo com a prioridade da fila. Por exemplo, se um paciente dá entrada numa UPA, ele vai ser atendido e se é um paciente que precisa de UTI vai esperar surgir uma vaga, seja na rede estadual, municipal ou privada também", explica a gerente.

"De Parnaíba a Teresina tem uma demanda maior. Acredito que isso ocorre devido a exposição das pessoas. As pessoas estão se expondo mais, indo a barragens fazer aglomerações, indo a cachoeiras. As pessoas têm que entenderem que o recurso assistencial é finito. Não temos condições de ampliar leitos a vida toda, não temos profissionais suficientes pra abrir 10 milhões de leitos. As pessoas têm que entender que existe uma capacidade de ampliação desses leitos e que uma hora esgota. Não dá pra clonar os profissionais que trabalham. Se as pessoas não se conscientizarem de que têm que fazer alguma coisa, vamos chegar ao ponto em que não vamos mais dar conta. Só olhar a situação que estamos, a situação da rede hospitalar e a situação da população", acrescenta Luciene Formiga.

Nota de esclarecimento

O Centro de Operações Emergenciais (COE-PI) divulgou nota, na segunda-feira (8), em que esclarece a população em geral sobre a situação que exigiu das autoridades governamentais e sanitárias a imposição de medidas de prevenção contra a disseminação da Covid-19, bem como faz um apelo pela conscientização dos piauienses sobre a adoção dessas medidas, que visam exclusivamente conter o avanço da doença no Piauí.

O Piauí confirmou o primeiro caso da Covid-19 no dia 19 de março de 2020. A partir daí, uma série de medidas foram adotadas pelo Governo do Estado para o enfrentamento da pandemia. As medidas iniciais foram referentes à quarentena e isolamento social em todos os territórios de desenvolvimento e regiões de saúde, considerando as particularidades da abrangência de novos casos registrados pelo estado.

A tomada de decisão foi sempre pautada em estudos e pesquisas, prezando pelo conhecimento técnico-científico com base nos riscos epidemiológicos, sanitários e ocupacionais, que se tornaram parâmetros para o Pacto de Retomada Organizada, iniciado em julho de 2020.

A nota divulgada pelo COE mostra uma preocupação particular, uma vez que a descontinuidade da adesão das medidas sanitárias tem refletido no aumento do número de casos no estado e causado uma sobrecarga no sistema de saúde do Piauí.

Nesse sentido, o comitê faz um alerta e convoca todos os piauienses a uma reflexão sobre as condições que o estado passa no momento, necessitando da colaboração da população para minimizar os efeitos negativos da Covid-19.

Ainda de acordo com o documento elaborado pelo COE, “a mortalidade dos pacientes intubados em ventilação mecânica em UTI pode chegar a 80% dos casos, evidenciando um alto risco da ocorrência de óbito, situação que somente a expansão dos leitos não resolveria”.

Diante de toda a situação, o Governo do Estado, em nome do Centro de Operações Emergenciais (COE), faz um apelo para o uso contínuo de máscara, distanciamento social, lavagem das mãos e uso de álcool a 70%, bem como todas as outras medidas que são eficazes contra a contaminação da Covid-19.

“A responsabilidade pelo cumprimento das medidas e controle da doença no Piauí deve ser compartilhada com toda a sociedade, uma vez que o comportamento individual de cada cidadão pode salvar vidas”, destaca a nota.

Confira a nota:

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